Como num poema, as séries da natureza e da cultura se encaixam e se adaptam ao
projeto de interiores.
O projeto de interiores partiu da necessidade de atender o desejo dos moradores, uma designer de interiores e um professor universitário, apaixonados por arte, cultura, design, natureza e viagens. Graduada em design de interiores, pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, a moradora traz na bagagem referências que, marcaram a sua formação acadêmica e outras referências de suas viagens: unindo em um único espaço, peças atemporais como, a Chaise LC4 (1928) de Lê Corbursier (1887 - 1965); a mesa e cadeiras tulipas (1956) de Eero Saarinen (1910 - 1961); papel de parede com desenhos de lugares visitados pelo casal em suas viagens; foto-arte feita pela moradora (autorretrato com referencias na pop arte) impressas em metacrilato; vaso de vidro presente da madrinha da moradora; flores naturais (astromélia ou alstroemeria nativa da américa latina: Brasil, Peru, Chile) presente do marido; cachepôs de vidro presente da filha do casal; luminárias em ferro pintado; dois banquinhos mocho, com capas de crochê feitos pela moradora . A utilização de materiais como o mármore, o plástico, a madeira, a lã, o couro, o metal e o vidro; as cores preto, branco, cinza, cobre, bege e vermelho presentes nas séries da natureza e da cultura, proporcionam ao ambiente harmonia e aconchego; exalam sentimentos, conhecimentos e memórias de muitos momentos vividos pelo casal. "Assim como num poema é desejável que se teçam nexos recíprocos da letra ao verso e às estrofes, do mesmo modo, guardadas as diferenças e proporções, podem-se verificar os encaixes e adaptações sintáticas das séries da natureza (todo reino mineral, vegetal e humano-animal, e das séries da cultura (arquitetura, festas, vestuário, culinária) com os processos criativos dos meios de comunicação, do jornal impresso à telemática." (PINHEIRO, 2013, p. 20)
Referências
PINHEIRO, Amálio. Barroco, cidade, jornal. São Paulo: Intermeios, 2013.
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